PÁGINA DE UM SUPOSTO DIÁRIO. - 2015/01/28
Ontem comecei por pôr a data mas não escrevi mais nada. No Facebook, cada vez estou mais desmotivado, a dificuldade de alguns textos chegarem a outros perfis, só pode resultar de uma acção deliberada dos gestores da rede social. Há usuários que beneficiam de uma exposição pública que o utente anónimo não pode desfrutar por razões comerciais ou políticas que ainda não entendi. Há prémios Nobel muito difíceis de ler, ou angustiantes de ler ou não sei que mais de ler. As frases são escorreitas, os pensamentos elegantes, as palavras bem escolhidas e bonitas mas enervam. Vá lá saber-se porquê? Continuo sem um ponto de referência, nado numa praia escura e sem farol, como se eu soubesse nadar! Mas a imagem está certa: eu estou perdido, já não suporto mais desilusões e elas cada vez mais se acumulam. Não há piedade para com os vencidos e eu fui derrotado pela vida, pela vida em sociedade, pelas mulheres que amei mas nunca ousei ter, porque fiquei na costa a admirar as ondas e é preciso ir lá, onde elas estão e dizer-lhes quero-te e não se importar de sofrer um desengano, uma rejeição, não se importar de fazer triste figura e até levar um tabefe, ou vários. Deve ser só por cobardia, que tantas mulheres que desejo passam por mim e eu não me mexo, com medo de lhes tocar. Devia ser mais fácil chegar até uma delas que me agrada, e dizer-lhe simplesmente, agradas-me, anda comigo se quiseres. Mas elas ou não querem mesmo ou têm medo de que lhes chame putas, se tivesse tido a coragem de lhes dizer: quero ter-te ao pé de mim, acariciar-te, contemplar-te, beijar-te. Merda de vida!
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