Quando apetece fugir
Ulisses fugindo a Polifemo
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Este poema tem contribuído para que ainda mantenha alguma sanidade mental.
Leio-o, sobretudo, quando alguma coisa tenta agredir o meu pensamento ou liberdade de agir!
Como vêem, um poema muito útil nos tempos que correm, em que apetece rasgar todos os jornais e desligar os botões todos dos rádios e das televisões.
LIBERDADE
(Falta uma citação de Séneca)
AI QUE prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada.
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
F1ôres, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
CANCIONEIRO
1 Comments:
Boa! Gostei da insubordinação! ;)
By Maria Ostra, at 3:02 AM
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