Blogue do Doce Veneno

Tuesday, October 24, 2006

Numa Escola Portuguesa

Muitas vezes, quando começo um estudo qualquer ou quero descobrir mais sobre um assunto, vou Googlar. (Pesquisar com o Google, motor de busca.)

Um dia destes, procurava material para a “História da Escola Primária” e andava no encalço de textos ou citações da antiga publicação do Ministério da Educação, “Escola Portuguesa”… Vou cair num blogue divertidíssimo, http://betadinefc.blogspot.com/2006_04_01_betadinefc_archive.html , onde li o que passo a citar:

«Esta é sem duvida a melhor justificação de faltas de sempre

"Sr. Director de Turma. A minha filha não pode ir à escola porque caiu e partiu o clitóris.” (cóccix)

É uma escola portuguesa com certeza»

Encontrei mais coisas mas depois conto!

Wednesday, October 18, 2006

Estória Pícara II

Enquanto eu procurava encontrar um lugar onde pudesse trabalhar [não havia sala, não havia mesa de trabalho, nada! Apenas uma cadeira, na mesma sala onde uma administrativa recebia as pessoas que iam falar ao Presidente e onde essas pessoas esperavam para serem atendidas] e tentava defender-me, com argumentos credíveis da minha idoneidade para o cargo, tanto da oposição política como dos trabalhadores da Câmara que não sabiam o que eu andava por ali a fazer, começou a ver-se andar mais por Pombal, uma certa senhora que, despedida de uma fábrica de um dos concelhos limítrofes, procurava emprego na cidade.

Isto não sabia eu, mas mais tarde, uma amiga, fez uma investigação completa sobre ela para mim e revelou-me grandes mistérios. Esta figura de senhora, frequentadora do Nicola à procura de emprego, irá tornar-se a figura central desta estória pícara em que, entre outras personagens, surgirão mulheres de virtude, poções e filtros amorosos, além de rezas a S. Mansos, para se conseguir da minha parte uma relação duradoira.

De mim, que me vejo como polígamo convicto.

(continua)

Aviso muito importante

As estórias deste blogue são ficcionadas, pelo que qualquer semelhança com situações reais é pura coincidência, mesmo quando objectivamente os espaços físicos da acção estejam indicados.

A sua realidade é apenas virtual!

Saturday, October 14, 2006

Perfeição helénica

Imagem recolhida na net

Conheci-a quando foi matricular o filho mais velho, recém chegada da Ucrânia.
O seu português já era muito perfeito mas o seu soma era muito mais!
Tinha as proporções de uma estátua grega, o rosto de uma pintura da Renascença, sugerindo as cores suaves da porcelana, do nácar e do aljôfar. Dos cabelos aos pés era como um tecido raro, de textura bem mais suave que a seda verdadeira do oriente.
Para descrever tal obra de arte, todas as mais belas palavras da Língua Portuguesa, são poucas e inadequadas para retratarem tanta beleza.
As nádegas proporcionadas e redondinhas, a cintura estreita, os ombros delicados, o peito um poema de métrica e melodia de acentuação heróica! As pernas esguias e incomensuráveis, como uma coluna jónica.

E continua por aí, insensível ao que eu por ela sinto.

Friday, October 13, 2006

Estória Pícara I

Imagem recolhida na net.
http://escuela.med.puc.cl/publicaciones/Guias/Dermatologia/

No Outono de 1994 entrei, como requisitado, ao serviço do Presidente da Câmara de Pombal, como seu Adjunto. [Nem eu nem ele sabíamos muito bem para que é que isso servia, mas lá nos fomos entendendo.]

Na primavera do ano seguinte, não me perguntem como porque não sei, apanhei uma carga de sarna. Sarna mesmo, escabiose autêntica (Acarus scabiei ou Sarcoptes scabiei), diagnosticada no HUC em Coimbra.

Isto deu origem a uma das estórias mais fabulosas da minha vida.

Thursday, October 12, 2006

A Bela Beirã





Pombal é uma das terras portuguesas com mais mulheres bonitas por metro quadrado!

Wednesday, October 11, 2006

Carta de Carlos a Joana [excerto]

Cheguei por fim ao nosso vale, todo o passado me esqueceu assim que te vi. Amei-te... não, não é verdade assim. Conheci, mal que te vi entre aquelas árvores, à luz das estrelas, conheci que era a ti só que eu tinha amado sempre, que para ti nascera, que teu só devia ser, se eu ainda tivera coração para te dar, se a minha alma fosse capaz, fosse digna de juntar-se com essa alma de anjo que em ti habita.

Não é, Joana; bem o vês, bem o sentes, como eu o sinto e o vejo.

Eu sim, tinha nascido para gozar as doçuras da paz e da felicidade doméstica; fui criado, estou certo, para a glória tranquila, para as delícias modestas de um bom pai de família.

Mas não o quis a minha estrela. Embriagou-se de poesia a minha imaginação e perdeu-se: não me recobro mais. A mulher que me amar há de ser infeliz por força; a que me entregar o seu destino, há de vê-lo perdido,

Não quero, não posso, não devo amar a ninguém mais.

ALMEIDA GARRET
«Viagens na Minha Terra»